Antes de
prosseguir com os agradecimentos, e a respeito do post anterior (10-Dez-2017),
é relevante notar que ninguém me pediu mais informação sobre o contexto das afirmações
divulgadas. Como eu, parece que ninguém teve dúvidas sobre o que leu.
Prosseguindo
com os agradecimentos…
E ainda
com as declarações de Gouveia e Melo para o processo, destaca-se mais esta “pérola”:
Não resisto a comentar estas declarações, com uma expressão apenas: “A sério?!...”
Com amigos destes o senhor Fragoso não precisa de inimigos…
Há tanto
a comentar nestas declarações…
Obviamente,
nunca houve ataques à Instituição, como o Ministério Público já estabeleceu, e
qualquer pessoa constata ao ler. Houve críticas a factos, decisões e posições,
sem considerações nem ataques pessoais; muitas vezes usando linguagem comum na
ciência económica – e que se compreende que estes e outros funcionários não
entendem…
Indispensável
é mesmo registar a visão restritiva, incompatível com um regime livre e
democrático.
Na
melhor tradição totalitária, este funcionário concede que se pode pensar o que
se quiser (só esta concessão já merece um agradecimento entre gargalhadas…),
mas não criticar - quiçá por ter acertado em tantos pontos...
Ele e
outros (às vezes até na reforma) acham que o posto militar os
coloca acima da crítica; acham que eles foram e são “a Instituição”. É uma
disfunção que ataca muitas pessoas que exercem o poder numa organização… Não é
raríssima; é frequentíssima…
Tantos
funcionários acham que lhes é devido muito respeitinho!...
O que é
preocupante é que o Estado eleva a seus altos funcionários pessoas que não
estão à altura do Estado de Direito Democrático que juraram defender. Alguns até se acham democratas. Nem sequer estão à altura da
tradição de tolerância, de estudo e de debate por que a Armada se tornou uma
referência no país há séculos. Estes funcionários é que servem mal a Armada e Portugal.
Mas ter
declarações destas escritas e assinadas, no contexto em que o foram, constitui
uma prova valiosíssima do que são tantos e tantos – e se
não são assim, que se demarquem.
Renovo
os meus agradecimentos ao senhor Fragoso (lançado agora como administrador de
empresas… por parte do Estado…) pela oportunidade que me deu, ao funcionário
Gouveia e Melo por ter escrito e assinado tão claras posições, e a todos os que
não se demarcam dele.
São as elites que têm falhado ao país – disse, e
bem, o Presidente da República (também ele das elites).
Há mais.
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