Faz este ano 40 anos que ingressei na Armada. É uma ocasião que merece comemoração.
Também merece comemoração o facto de estar marcado para 24 de setembro o julgamento do almirante L. Macieira Fragoso (ex-Chefe do Estado-maior da Armada) e do vice-almirante H. Gouveia e Melo (atualmente Comandante Naval) por atos praticados em serviço e no âmbito do mesmo, pronunciados por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa. O segundo oficial pode combinar as duas comemorações.
É raro ver oficiais-generais a serem julgados. É bom que todos sintam que todos têm de respeitar o Estado de Direito Democrático. Não vale tudo, nem basta invocar a defesa do prestígio seja do que for para se fazer o que apetece.
Os tribunais decidirão se os factos foram crimes. Em todo o caso, os factos são reprováveis e intoleráveis em altos funcionários.
Agora, curioso é o silêncio sobre esta matéria. A começar por aqueles que tanto falam em ética, passando pelos que apontam falhas aos políticos e banqueiros e outros, sem esquecer os que destacam a superioridade ética dos militares, e acabando nos órgãos de soberania. Tem a sua graça ver quem comenta processos que só conhece por títulos dos media vir dizer que não comenta este processo por não o conhecer, ou evitar conhecer o processo...
Como será que explicam esta situação, aqueles que com frequência apontam irregularidades e suscitam reflexões, como os meus Caros Fernando David e Silva, Vitor Manuel Birne, Miguel Machado, Carlos Alpedrinha Pires ou José Ribeiro E Castro?
Podia ter feito um post a dizer coisas bem-sonantes, a visar muitos "like". Mas acredito que não é tempo de hipocrisias nem de corporativismos. Nem de esconder factos ou proteger alguns, porque têm poder. Aliás, não me surpreende que o Comandante Naval faça todos os possíveis por se manter em funções (sim, continua em funções, e ninguém protesta!), porque provavelmente teme ser "atirado as feras".
O valor moral dos atos é tanto maior quanto mais custos eles acarretam. O silêncio não é inocente.
Que aprenderemos com este processo?
Também merece comemoração o facto de estar marcado para 24 de setembro o julgamento do almirante L. Macieira Fragoso (ex-Chefe do Estado-maior da Armada) e do vice-almirante H. Gouveia e Melo (atualmente Comandante Naval) por atos praticados em serviço e no âmbito do mesmo, pronunciados por decisão do Tribunal da Relação de Lisboa. O segundo oficial pode combinar as duas comemorações.
É raro ver oficiais-generais a serem julgados. É bom que todos sintam que todos têm de respeitar o Estado de Direito Democrático. Não vale tudo, nem basta invocar a defesa do prestígio seja do que for para se fazer o que apetece.
Os tribunais decidirão se os factos foram crimes. Em todo o caso, os factos são reprováveis e intoleráveis em altos funcionários.
Agora, curioso é o silêncio sobre esta matéria. A começar por aqueles que tanto falam em ética, passando pelos que apontam falhas aos políticos e banqueiros e outros, sem esquecer os que destacam a superioridade ética dos militares, e acabando nos órgãos de soberania. Tem a sua graça ver quem comenta processos que só conhece por títulos dos media vir dizer que não comenta este processo por não o conhecer, ou evitar conhecer o processo...
Como será que explicam esta situação, aqueles que com frequência apontam irregularidades e suscitam reflexões, como os meus Caros Fernando David e Silva, Vitor Manuel Birne, Miguel Machado, Carlos Alpedrinha Pires ou José Ribeiro E Castro?
Podia ter feito um post a dizer coisas bem-sonantes, a visar muitos "like". Mas acredito que não é tempo de hipocrisias nem de corporativismos. Nem de esconder factos ou proteger alguns, porque têm poder. Aliás, não me surpreende que o Comandante Naval faça todos os possíveis por se manter em funções (sim, continua em funções, e ninguém protesta!), porque provavelmente teme ser "atirado as feras".
O valor moral dos atos é tanto maior quanto mais custos eles acarretam. O silêncio não é inocente.
Que aprenderemos com este processo?
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